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quarta-feira 27 2011

Barão Vermelho


MANFRED ALBRECHT VON RICHTHOFEN


Manfred Albrecht Von Richthofen, o Barão Vermelho
MANFRED ALBRECHT VON RICHTHOFEN (1888-1918). Maior mito da aviação militar alemã e de caça mundial, entrou para o serviço aéreo em setembro de 1916. Aprendeu a pilotar no esquadrão (Jagdstaffel) de Oswald Boelcke. Era um guerreiro meticuloso, que primeiro procurava reconhecer a aeronave inimiga, em especial às britânicas, antes de partir para a luta e desferir o ataque mortal. Era chamado “o matador” e idolatrado com o título de “Barão Vermelho”. 
Em janeiro de 1917, passou a comandar o famoso esquadrão “Flying Circus”, cujas aeronaves eram exageradamente pintadas. Fidalgo com os amigos, e até com os adversários, era igualmente conhecido como “O Cavaleiro Teutônico da Era Moderna” e “Nobre Inimigo de Coragem e Destreza”. Morreu abatido por um inexperiente piloto canadense e pelo fogo da artilharia australiana, atrás das linhas britânicas, em 21 de abril de 1918, quando voava seu inconfundível Fokker triplano vermelho e pouco depois de ter obtido a 80ª vitória. Seu sepultamento foi uma das maiores cerimônias póstumas ocorridas naquela guerra, com honras militares. Sua morte foi um golpe para os pilotos alemães, sobretudo nos seus comandados.

Albatros D. II, o avião em que o Barão Vermelho obteve a maioria de suas vitórias
 A História:
Nascido em Breslau, Silésia, no então Império alemão (atual Wrocław, Polônia), Richthofen mudou-se com sua família para Schweidnitz (atual Swidnica, Polônia), quando tinha nove anos de idade. Em sua juventude, Richthofenapreciava caçar a cavalo e equitação e foi estudar na Inglaterra no Lincoln College, Oxford. Depois disso ingressou na escola militar. Após terminar o treinamento de cadete, juntou-se ao Regimento nº 1 de Uhlan como membro da cavalaria em 1911.
Quando estourou a Primeira Guerra Mundial, era um oficial da cavalaria e foi chamado ao dever nas frentes ocidental e oriental, servindo de escolta para o exército alemão. Perto de maio de 1915, entediado com essa função,Richthofen pediu para ser transferido para a Força Aérea. Transformou-se inicialmente num observador aéreo. 

Richthofen com o seu uniforme do Serviço Aéreo Imperial
Inspirado pela oportunidade de conhecer o grande piloto de combate Oswald BoelckeManfred decidiu tornar-se ele próprio um piloto. Mais tarde, Boelcke selecionou Richthofen para juntar-se ao grupo de elite Jagdstaffel(“grupo de caça”), JASTA 2Von Richthofen ganhou seu primeiro combate aéreo sobre Cambrai, França, no ano de 1916.
Manfred, como muitos de seus companheiros pilotos, era muito supersticioso. Ele nunca saia em missão sem ser beijado por alguém querido. Isto tornou-se rapidamente um hábito difundido entre todos os pilotos de combate. 

Fokker Dr.I, o avião a qual Richthofen ficou mundialmente conhecido
Depois de sua 18ª vitória, von Richthofen recebeu o Pour le Mérite, a honraria militar mais elevada da Alemanha na época. Antes disso, em 23 de novembro de 1916, ele derrubou o ás da aviação britânico Lanoe Hawker, chamado às vezes de “o Boelcke Britânico”. Isto aconteceu quando Richthofen ainda voava num Albatros D.II. Entretanto, após esta batalha, foi convencido de que necessitava de um avião com maior manobrabilidade, embora isto implicasse uma perda de velocidade. 
Infelizmente para ele, o Albatros foi o avião padrão da Força Aérea Alemã até o fim de 1917, e o barão voou nos Albatros modelos D.III e depois num D.V.. Em setembro daquele anoRichthofen estava pilotando um Fokker Dr. I, o avião triplano ao qual ficou mais associado e que foi projetado porAnthony Fokker. Entretanto, das 80 vitórias em combates aéreos, apenas 20 ocorreram quando o Barão utilizava o triplano. Após sua morte o seu corpo foi velado pelo exercito aliado mesmo sendo alemão ele recebeu todas as honras militares por sua grande atuação em combate e um exemplo a ser seguido.  
O notável é que Richthofen, obediente aos códigos da cavalaria, procurou preservar o tempo todo em meio a barbárie crescente dos combates em terra, o céu como uma espécie de liça especial. O azul dos amplos espaços era um lugar que ele pretendia manter afastado das impurezas da guerra de trincheiras, no qual as regras cavalheirescas ainda deviam ser seguidas à risca. Ele não admitia, por exemplo, depois de o inimigo ter sido atingido, persegui-lo até matá-lo. 
Despojando-o do avião em chamas, neutralizado o inimigo, jamais atirava no piloto que saltasse de pára-quedas ou que, depois em terra, estivesse tentado escapar-lhe. Não foi, pois, sem razão que ele mantinha o posto deRittmeister, isto é, capitão de cavalaria, visto que no imaginário dele a velha arena medieval ainda não sucumbira ao amoralismo e à total ausência à princípios éticos da moderna guerra total. 

Pintura em homenagem ao Barão Vermelho
Com essas qualidades, o mito do Barão Vermelho sobreviveu a morte, virando tema de livros, desenhos animados e filmes. Seu carisma, excepcional capacidade de liderança e pontaria aliada a um respeito profundo aos seus inimigos fizeram que Manfred Von Richthofen tornar-se um caso único onde um combatente é respeitado e admirado por seus próprios adversários. 
Sua morte ainda hoje gera controvérsias sobre quem o atingiu e em que circunstâncias ela ocorreu. Considerado ás dos ases, o Barão Vermelho é referência nas forças aéreas de todo o mundo. E assim o mito vai permanecendo no imaginário popular, graças ao cinema, a literatura e a música, afinal uma das bandas de rock mais famosas do país leva o seu nome.

2 comentários:

  1. O Barão Vermelho é um exemplo de dignidade, cavalheirismo e respeito para com os amigos e inimigos.

    Richthofen colocava a honra acima de tudo e por isso foi admirado por aliados e adversários e mesmo em meio às atrocidades e o ódio aos alemães, os aliados deram ao funeral do Barão Vermelho, todas as honras militares dignas de um herói, e até hoje é um exemplo e um mito da aviação em todo o mundo.

    Assim como não existe mulher mais ou menos grávida ou um cidadão mais ou menos ladrão, também não existe um homem mais ou menos digno.

    Um homem de verdade respeita amigos e inimigos, embora saiba a diferença, e como tratar um e outro.

    Não importa o que a pessoa é, e sim o que ela faz. Assim combatemos postura e atos e não pessoas.

    A vida é cheia de surpresas, tudo muda o tempo todo, o amigo de hoje pode ser o inimigo de amanhã e vice-versa.

    Portanto nunca devemos fechar as portas para a reconciliação, e nem fazer nada nesta vida com ódio.

    Jamais odeie seu adversário, pois se o fizer, seja qual o motivo da luta, você já perdeu a razão.

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  2. Não tenho certeza, mas este sobrenome é o mesmo da Suzane, a moça que ajudou a assassinar os pais em São Paulo. Será que ela tem parentesco com o "Barão Vermelho"?

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