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sexta-feira 06 2012

Finanças - Pequenas despesas que levam a grandes dívidas

Identificar os pequenos gastos supérfluos do dia-a-dia é uma tarefa que exige controle rígido nos primeiros meses

iG São Paulo

Ao assumirem a condição de endividadas e traçarem um plano para quitar suas dívidas, as pessoas em geral concentram suas atenções nas contas mais pesadas, como aluguel ou financiamento da casa, prestações do carro, mensalidades escolares e compras de supermercado. Mas, muitas vezes, a solução está nos detalhes que passam despercebidos.

Coordenadora do curso de graduação em Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa, Ana Lidia Coutinho Galvão garante que os pequenos gastos são o terror do orçamento. Ela propõe um teste simples. “Ponha uma nota de R$ 100 na carteira numa segunda-feira e veja quanto tempo ela ficará lá, guardada, sem que você se anime a gastar aquela quantia. Na semana seguinte, ponha 50 notas de R$ 2 na carteira. Embora se trate do mesmo valor, as notas de R$ 2 desaparecem com muito mais facilidade que a de R$100”, afirma.

Ana Lidia, que presta consultoria para empresas que têm funcionários endividados, revela que já viu casos como o de um profissional que comprava CDs piratas no caminho do trabalho todos os dias. “Era uma compulsão. E o que representava apenas uma pequena despesa diária, se transformava em um gasto enorme ao final do mês”.

Por essa razão, quem precisa organizar a vida financeira deve começar anotando rigorosamente todas as despesas, da fatura do cartão de crédito, ao cafezinho de todos os dias, passando pela conta de água e luz. Registrados, os gastos podem surpreender.

Planeje suas despesas e evite novas dívidas

Especialista em finanças pessoais, Erasmo Vieira lembra-se de um casal que certa vez queixou-se de não ter o dinheiro da gasolina e das despesas de alimentação para passar uma semana em uma casa de praia emprestada.

Ao avaliar as despesas da família, ele percebeu que a mãe e o pai tinham por hábito comprar, todos os dias, um lanche na padaria para eles e os dois filhos. Os R$ 5 gastos diariamente somavam R$ 150 em um mês e R$ 1.800 no período de um ano. Dinheiro mais do que suficiente para passar sete dias numa casa de praia, diz Vieira.

A boa notícia é que ninguém precisa passar o resto da vida anotando rigorosamente todas as despesas. Com disciplina, basta registrar os gastos nos dois ou três primeiros meses. Se a pessoa é assalariada, despesas e receitas não mudam muito de um mês para o outro. No caso dos que têm renda variável, como vendedores e profissionais autônomos, vale anotar por um período maior que permita traçar uma média, como quatro ou cinco meses.

Educador financeiro, Álvaro Modernell diz que, após esse controle, fica mais simples realizar cortes que não sejam muito drásticos. Ele compara a tarefa de reduzir despesas à dieta alimentar. “Perder 20Kg em três meses é até possível, mas ninguém agüenta a dieta por muito tempo.

Economizar é a mesma coisa. Deve-se ter algum nível de sacrifício, mas mantendo alguns pequenos prazeres. Caso contrário, a situação fica insuportável”, diz. Em resumo, se a sua família sai todos os finais de semana para comer fora e a conta está ficando muito cara, talvez valha a pena considerar a alternativa de uma rodada de pizza feita em casa. Pode ser mais divertido e, com certeza, será mais barato.

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