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quarta-feira 18 2015

O que acontece se destruirmos as grandes empresas de Construção Civil do Brasil?

Notícias do Brasil? Vá ler lá na China…
           
Matéria do Blog Tijolaço
        
          
Enquanto os jornais brasileiros se ocupam de destruir o único setor da economia onde ainda imperava o capital nacional, a construção pesada, é no China Daily que você fica sabendo que estão avançando as tratativas para por em prática o acordo assinado em julho passado entre o Brasil e a China (e, depois, o Peru) para a construção de uma ferrovia de 5 mil quilômetros (40% já existentes) ligando o Atlântico e o Pacífico.
          
Valdemar Leão, o embaixador do Brasil para a China, em entrevista ao Diário do Povo, anunciou que, nos próximos dias, começam as reuniões técnicas para a execução do projeto. Coisa pequena, de mais de US$ 30 bilhões, financiados pelos chineses à base de “project finance”, ou pagamento com a própria operação da ferrovia.
         
Claro que não é porque os chineses são “bonzinhos”, mas porque pensam estrategicamente em suas necessidades de grãos e de minérios, tanto que já se lançaram às obras do Canal da Nicarágua, que tira do Panamá (e do controle dos EUA) a ligação entre o Atlântico e o Pacífico. Alás, não apenas aqui, na América Latina, mas em todas as partes do mundo.
           
Há, ainda, um problema a ser superado, que é a reivindicação da Bolívia de que o trajeto inclua seu território, com uma ligação com La Paz. Mas, como a solução provável para isso deve ser um ramal ligando a Bolívia ao trajeto principal, este pode começar a ser detalhado antes.
        
Porque um projeto destes, para chegar ao ponto de execução, consome anos e, a rigor, esta é uma ideia que tem décadas, já.
     
Quando chegarmos ao ponto de realizar obras – com o projeto encarecido ao extremo por exigências ambientais, como as que acabaram por inviabilizar o trem-bala entre o Rio e São Paulo – que empresas irão realizá-lo?
             
A José Manoel Reformas e Pinturas? A Fulaninho Engenharia Ltda.? Ou, quem sabe, uma chinesa, já que os amigos de olhinhos repuxados não vão entregar de bandeja para a Halliburton?
       
Nunca é demais relembrar a velha piada sobre a ponte que Deus e o Diabo resolveram construir entre Céu e Inferno, para facilitar o trânsito das almas decaídas e das redimidas, de um lado para o outro.
          
Combinaram que cada um faria metade e, dali a um ano, as duas partes se reuniriam num ponto intermediário, bem no meio do Purgatório, onde haveria um trevo de acesso em ambos os sentidos.
         
Passou o ano e, como combinado, lá estava o Diabo de pé, orgulhoso e cheirando a enxofre, na ponta de sua metade da obra.
          
Mas a parte que vinha do Céu não estava lá.
          
Chega então Deus, constrangido, a bordo de sua nuvem e leva logo uma cobrança do Capeta: “francamente, depois eu é que sou o Príncipe da Mentira? Cadê a sua parte na ponte, Senhor?
          
E Deus, meio sem jeito: sabe o que é? É que procurei, procurei, mas no Céu não tem um empreiteiro que seja…
           
Pelo visto, o Brasil vai virar o Céu. Mas um Céu bem atrasadinho, um verdadeiro Inferno.
           

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