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domingo 31 2015

Violência no Pará

Novo estudo confirma previsões

 Estudos divulgados nos últimos anos poderiam ajudar o governo Simão Jatene a planejar as ações de segurança pública (Foto: Wagner Almeida)
             
Tentando desqualificar os estudos e levantamentos oficiais e aqueles realizados por ONGs, o governo do Pará foi surpreendido pela divulgação de um trabalho elaborado pela Macroplan, uma das mais respeitadas consultorias do Brasil na área de gestão pública.
            
Em sua publicação “Desafio da Gestão Estadual”, a Macroplan aferiu a gestão dos 27 Estados do Brasil, avaliando como a eficiência ou ineficiência da administração pública estadual se destacou nos índices de desenvolvimento dos respectivos Estados.
            
Reprovado em praticamente todas as variáveis, o Pará chamou a atenção na área da Segurança Pública. O trabalho feito pela Macroplan confirmou que a Taxa de Homicídios no Brasil manteve-se relativamente estável na última década, com variação de 1,8% entre 2002 e 2012, enquanto a do Pará exibia um crescimento de 126,6%.
       
Enquanto Estados com taxas muito elevadas no começo da década, como São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco, reduziram significativamente os homicídios em 60,3%, 49,9% e 32,3%, respectivamente, Estados com taxas menores no início do novo milênio, como Bahia (222,3%), Paraíba (130,5%) e Pará (126,6%), exibiram um crescimento acentuado.
            
O governo do Estado do Pará conquistou, segundo a Macroplan, o triste título de ter o 5º menor investimento em Segurança Pública entre as 27 unidades federativas. Ou seja, uma vida no Pará valeu, no período analisado, somente R$ 181,41.
            
O valor per capita (por pessoa) pago pelo governo de Simão Jatene por cada cidadão para garantir a segurança durante todo o ano de 2012 foi o 5º menor do país, ficando atrás de Estados historicamente mais pobres, como o Amapá (R$ 55,32 por habitante), Piauí (R$ 78,14), Maranhão (R$ 127,08) e Ceará (R$ 171,56). Paralelamente, segundo o levantamento, o Pará teve o maior crescimento em número de assassinatos por arma de fogo, com taxa de 307,2%.
        
O efetivo policial no Pará também é um dos menores do Brasil. São 467,8 habitantes para cada policial no Estado (considerando polícias Civil e Militar). Na média brasileira, o efetivo é de um policial para 373,4 habitantes.
           
Na 1ª Pesquisa sobre Vitimização no Brasil, os especialistas identificaram que, no que diz respeito à confiança nas instituições policiais, há muitas variações entre os Estados. No melhor caso está Minas Gerais, onde 26,1% da população confia muito na Polícia Militar e 23% na Polícia Civil. No Distrito Federal, a Polícia Civil alcança seu melhor resultado, com 24,2% de muita confiança. As mais mal avaliadas são a Polícia Militar do Rio, com 10,8% de muita confiança, a Polícia Militar e a Polícia Civil do Pará (8,9% e 9,0% respectivamente), e a Polícia Militar e a Polícia Civil do Amazonas (8,4% e 7,4%).
          
A violência física por parte de policiais militares registrou maior incidência no Amapá (6,5%), no Acre (5,1%), no Amazonas (5,1%), no Pará (5%) e no Sergipe (5%).
           
EM NÚMEROS
      
35,5% da população afirmou ter sido vítima de algum tipo de crime. Os números deixaram o Pará em segundo lugar no ranking de vitimização entre 2005 e 2010.
          
23º lugar Em 2013, o Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, uma Organização Não Governamental (ONG) do México, mostrava que Belém aparecia em 23º lugar no ranking das 50 cidades mais violentas do mundo, com taxa de 48,23 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes.
           
4º lugar
          
Em 2011, o Ministério da Justiça divulgou o “Mapa da Violência 2011” e o Estado ocupava o 4º lugar no ranking dos Estados mais violentos do país.
           
3º lugar
           
Em relação à elevação do número de homicídios, o Pará despontava em 3º lugar, com 273% de aumento na taxa de assassinatos em 10 anos.
     
189,3%
         
O aumento do número de homicídios na Região Metropolitana de Belém foi de 189,3% em 10 anos. Em jovens entre 15 a 24 anos, o crescimento no número de assassinatos chegava a 200,6%.
       
(Diário do Pará)
          

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